Durante os dias 21 e 22 de novembro, ocorreu ,em Porto Alegre, o Encontro Nacional da Abracen/Brastece e a Ceasa-DF esteve presente no evento que discutiu sobre o futuro do abastecimento no Brasil e no mundo.
No encontro, foram discutidos temas que vêm sendo bastante visados atualmente no meio do agronegócio, como a rastreabilidade e algumas diretrizes para a área técnica, administrativa e operacional das Ceasas brasileiras.
Além do encontro, o Presidente Wilder Santos, o Vice-Presidente Onélio Teles e o Chefe da Seção de Projetos, Obras e Reformas Aldemir Alves, representando a Ceasa-DF, aproveitaram a oportunidade para conhecer o trabalho da Ceasa/RS, juntamente com membros de outras Ceasas brasileiras.
O Encontro
Novos rumos para o desenvolvimento da agricultura e os pontos polêmicos da rastreabilidade de produtos vegetais frescos foram os grandes temas do primeiro dia do Encontro Nacional da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) e da Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento (Brastece), realizado em Porto Alegre.
O presidente da Ceasa-RS, Ailton dos Santos Machado citou os desafios que os mercados de abastecimento terão nos próximos anos. Já o presidente da Abracen e atual presidente da Ceasa-PE, Gustavo Melo, reiterou a preocupação de produtores e atacadistas com a fiscalização da rastreabilidade em hortifrutigranjeiros. Newton Araújo Silva Júnior, presidente da Conab, elogiou os milhares de trabalhadores que madrugam para que os alimentos cheguem diariamente às mesas das famílias brasileiras.
“As Ceasas são centros agroalimentares que catalisam a atenção do campo e da cidade”, disse Newton. Para Newton, as Ceasas são equipamentos estratégicos para a inserção da produção rural em todos os pontos do país, mas precisam ser modernizadas. Segundo o presidente da Conab, uma das saídas são as parcerias público-privadas.
Ex-ministro deixa mensagem de otimismo para o setor
Com vasta experiência e amplo conhecimento do Agronegócio no Brasil e no mundo, o ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, deixou uma mensagem de otimismo em palestra proferida no encontro.
Auxiliado por gráficos com os volumes de produção e venda de grãos, hortifrútis e proteína animal no Brasil e em países produtores de outros continentes, Francisco Turra falou sobre a história da agricultura, da importância cada vez maior das Ceasas como grandes entrepostos de distribuição de alimentos e ressaltou que a rastreabilidade é um sistema sem volta.
“A necessidade de segurança alimentar justifica a rastreabilidade”, frisou Francisco Turra. Otimista, o ex-ministro da Agricultura afirmou que as expectativas são muito boas de expansão das exportações especialmente de soja, milho e proteína animal.
“O Brasil está fazendo o dever de casa e reconquistando mercados importantes”, concluiu.
Mapa sinaliza que pode alterar redação da INC da rastreabilidade
Pela primeira vez, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) admite a possibilidade de promover uma alteração na redação da Instrução Normativa Conjunta (INC) Nº 2 de 2018 que criou a rastreabilidade de produtos vegetais frescos.
Segundo o coordenador geral da Qualidade Vegetal do Mapa, Hugo Caruso, o trecho que se refere à aplicação da rastreabilidade no transporte de cargas individuais (a granel) poderá ser reescrito para deixar esse item mais claro. De acordo com alguns produtores, a INC se refere somente ao transporte de melancias e abóboras nesta condição, ignorando uma série de outros hortifrutigranjeiros, sobretudo frutas e legumes, que são transportados sem embalagem e em grandes quantidades por produtores que temem ser punidos por não saber como proceder nestes casos.
Hugo reiterou, no entanto, que a rastreabilidade tem dois enfoques principais: segurança alimentar, que beneficia o consumidor que saberá toda a história e trajetória do alimento que está consumindo, e o mercado externo, que se abrirá para o produtor ao adotar um procedimento que agrega valor de mercado ao seu produto. Hugo disse também que a corresponsabilidade está prevista no Código do Consumidor, lembrando com isso que as Ceasas têm obrigação de orientar e cobrar a aplicação da INC por seus permissionários.
O segundo dia
O presidente da Ceasa/RS, Ailton dos Santos Machado, abriu o segundo dia do Encontro Nacional da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento falando sobre a produção e distribuição de alimentos ao longo da história e aproveitou para explicar a evolução da produção de hortifrutigranjeiros como fator primordial para a vida saudável e como elemento garantidor da paz entre os povos.
Lembrou dos reflexos das guerras para as sociedades, das consequências da fome, além de citar estudos da Organização Mundial da Saúde e da Anvisa. E salientou, mais uma vez, o que as agências de saúde preconizam mundo afora: consumir hortifrutigranjeiros é fundamental para a saúde de todos.
Exemplos de gestão compartilhada
Foram citadas obras e melhorias feitas em parceria com as associações de produtores e atacadistas. Além da reforma elétrica e da instalação de fibra óptica para melhorar o acesso à internet, investimento em outras áreas essenciais também foram mencionados; como o recapeamento asfáltico, a modernização do sistema de segurança, os pavilhões de estacionamento coberto para clientes e investimentos das empresas que decidiram ampliar seus espaços físicos, adquirir equipamentos e expandir seus mercados.
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